sexta-feira, 16 de maio de 2014

Festival Palco Giratório oferece programação intensa este fim de semana

A 8ª edição do Festival Palco Giratório, promovido pelo SESC Pernambuco, promove oito apresentações só neste fim de semana, a preços populares (R$14, inteira e R$7, meia). Mais informações e programação completa podem ser acessadas no site www.palcogiratoriope.com.br.

O espetáculo Homens de Solas de Vento abre o fim de semana, com apresentação nesta sexta (16), às 20h, no Teatro Santo Isabel. Tendo o Circo como tema, o espetáculo da Cia Solas de Vento (SP) encena dois viajantes prestes a embarcar, que ficam retidos na aduana impossibilitados de seguir adiante. Limitados a viver em um saguão, em um limbo suspenso desconhecido, cada um tenta instalar-se tendo somente suas malas para criar um espaço pessoal. Enquanto aguardam a decisão para seguir seus destinos, esses dois estrangeiros vão aproximar-se, afrontar-se e dialogar para talvez e afinal encontrar-se. No palco, os parceiros Bruno Rudolf e Ricardo Rodrigues, sob direção de Rodrigo Matheus.

O sábado (17) começa com duas apresentações do teatro de objeto, Louça Cinderella (RS), no Teatro Capiba (Sesc Casa Amarela), às 16h e 17h. Inspirada em Gata Borralheira dos Irmãos Grimm, a adaptação sintética da Cia Gente Falante conta a história de Cinderella, uma xícara de louça comum, sem adornos ou valor histórico, porém com conteúdo especial, sempre cheia de chás aromáticos e curativos prontos para esquentar quem estivesse necessitado em noites frias de inverno. Uma divertida e poética adaptação brasileira criada para compartilhar com o pequeno público as delícias de um “chá das cinco”. O Teatro Marco Camarotti (Sesc Santo Amaro) recebe às 16h o espetáculo de dança O tempo perguntou ao tempo (PE). A apresentação é uma viagem lúdica ao mundo das parlendas, cantigas e brincadeiras de infância. Uma busca baseada nas manifestações, histórias e canções em comum com Portugal afim de encontrar as origens e manter viva a tradição dos tempos de criança. Através de personagens hilários e bastante conhecidos, uma trilha sonora inconfundível com nova roupagem e uma pesquisa teatral e coreográfica a partir das memórias dos intérpretes, para crianças de todas as idades. E também é com dança que a programação do sábado termina, com a apresentação Plagium? (MS), às 20h no Teatro Barreto Júnior. Segundo o dicionário Houaiss, “plágio” é a simulação de autoria sobre algo produzido por outrem. Plagium?, da Cia Dançurbana, apropria-se de recortes de obras de companhias de dança reconhecidas para criar um espetáculo particular.

O domingo (18) segue com outro espetáculo de teatro de objetos. Novamente com duas sessões, às 16h e 17h, o Teatro Capiba (Sesc Santo Amaro) recebe desta vez “Xirê das Águas - Orayeyê Ôh”, também da companhia Gente Falante. A história conta a lenda indígena da Lagoa do Abaeté (BA), onde se banhavam e pescavam as índias, pois os homens da tribo sumiam magicamente se chegassem às margens. Em uma noite clara, de lua cheia, o grande Cacique Tupi Verá em sonho recebeu de Tupã duas verdades: I – Através de sua esposa Jandira enviarei um grande líder para esta aldeia; e II – Resolverás o mistério destes desaparecimentos através deste que será o grande chefe e ele se chamará Abaeté. Esta lenda indígena fala sobre o amor desse grande guerreiro e Iara, a Oxum bela e misteriosa da lagoa escura. Esta história sobreviveu através das práticas da oralidade mantidas pelas lavadeiras e populares moradores da região do Abaeté em Salvador (BA).

O teatro de objetos dá lugar ao teatro de bonecos com a apresentação Cordelina, da local Trupe Puxincói (PE), às 20h no Teatro Marco Camarotti (Sesc Santo Amaro). Ser a mesma noutro lugar muda tudo. Uma boneca que sai da sua caixa é lembrança de estórias que ainda não aconteceram, e Cordelina vai contar as suas.

A semana começa com a intervenção urbana Cegos, do Desvio Coletivo (SP). A ação representa dezenas de executivos, homens e mulheres, portando maletas, bolsas, celulares e documentos, caminham lentamente, cobertos de argila e de olhos vendados. Misturam-se aos pedestres, desestabilizando o fluxo cotidiano da cidade. Essa imagem faz uma crítica à condição massacrante que caracteriza o ambiente corporativo, representado nas roupas tradicionais de executivos e empresários de terno e gravata.

Cegos foi concebido pelos diretores Marcos Bulhões e Marcelo Denny e realizado originalmente pelo Desvio Coletivo e o Coletivo Pi na Avenida Paulista, em São Paulo. Dentro da programação do Palco Giratório a intervenção urbana Cegos acontece em conjunto com uma oficina, nos dias 17 e 18 de maio, que prepara seus participantes para vivenciá-la. A intervenção tem como ponto de partida o Sesc Santo Amaro, dia 19, às 15h, e segue até o centro do Recife.

* Informações da assessoria

Serviço:
Festival Palco Giratório Recife
Data: de 10 a 31 de maio de 2014
Ingressos: R$ 14 (público em geral) / R$ 7 (comerciários e dependentes, estudantes, idosos e professores) – www.ingressorapido.com.br

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